Pois é... ele escreveu um livro sobre Aleijadinho, como se fosse um diário do artista e escritor. Este livro é um pouco de realidade e ficção, pois para escrever o autor precisou pesquisar sobre sua vida e suas histórias, que se passaram em meados de 1740, na cidade de Vila Rica, que na época era capital de Minas Gerais.
Assim, começo hoje aqui a postar um pouco das histórias desse livro fantástico que recebemos este ano do governo e está disponível em nossa biblioteca.
Diários Descobertos...
Vila Rica, 16 de abril de 1744.
" A oficina de carpintaria do meu pai é um lugar onde me sinto bem. Quando aquele rio caudaloso de perguntas começa a machucar minha cabeça, saio a caminhar ou me ponho a respirar os cheiros da madeira.
Lembro de quando eu era menor. Mal sabia dar uns poucos passos e corria cambaleante para o interior da oficina. Ficava a um canto observando os movimentos. Depois, com uns oito anos, eu acho, distraía-me recolhendo do chão tudo o que não prestava ou não tinha mais serventia para meu pai. Lembro me de como a alegria tomava conta de mim. Eu lá ficava horas juntando os pedaços e as lascas. Não preocupava com felpas nem com pontas afiadas, dobrava-as ou então gastava-as na pedra. Dessa maneira tentava transformar os rejeitos de madeira em coisas reais. Surgiam esboços de animais, cães, gatos, cavalos, bois, arcabuzes, homens. Onde seguia uma linha reta eu tentava fabricar uma curva. Caso o pedaço de madeira viesse abaulado, minha teimosia insistia em tirar-lhe a curva. "
O que você achou? Comente.Amanhã tem mais!
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